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segunda-feira, 1 de março de 2010

Texto coletivo

Residência. A cidade imersa, território/transitório DaDa a participação artista & público, um crescente ato e/ou ação contínua envolvente laboratórica do fazer artístico in progress, world in process, investigação trans/histórica. A arte participativa, onde o operário se insere no interior em que o vale-tudo oswaldeano se processa, se materializa numa óperaberta in plainair. O processo de investigação artística desnuda o território estático. O Ser já está inserido neste pensar, neste vasto território extra-linguístico, intersemiosis anárquiK. O processo de imersão conectado com o mundo da arte. Da arte correio a em@il art. Da similitude a imediatitude, desvendando territórios outros, a partir do Kynema, interfaces. Compreender o lugar em suas diferenças e contrastes. Nada se perde, tudo se recria. O espaço que apreendemos em corpo memória presente e divulgado em fotos/textos pela internet, indica minimalmente o movimento dessa experiência. Sentimo-la como algo que ainda será. Mas agora, JÁ É! Esse processo muitas vezes não é compreendido. Explicá-lo exige despir-se para vivê-lo. Não é uma coisa ainda que o “racional” entenda. A experiência do deixar-se contaminar pela cidade e arredores, arredias dores, fortes sensores, favelas e subterfúgios, ruas e undermundos, com um olhar qualitativo pelo humano/pessoa, mesmo que muitas dessas pessoas não possuam o status de humano. Assim, essa contaminação se materializa em ação. A cidade emerge. Imersão sócio-espacial que inunda. Suas crises, seus desvios, suas disparidades. A cidade parece sonâmbula... as pessoas vivem seus cotidianos comuns à todos. Todos sabem da história de todos. Nas encruzilhadas se encontram e trocam histórias. Retroalimentam-se em suas realidades e esquecem-se da imundice que é viver sem voz política, sem espaço, sem dinheiro, sem perspectivas. Vozes caladas no tempo. Royalties que sangram para uns sortudos, são desviados por outros poucos e desejado por todos. A intervenção já é a nossa presença. Somos o outro. Somos os que não conhecem a todos, mas que são conhecidos por todos. O estranho nunca é invisível aqui. A ação e reação e reação e reação que resulta do mergulho na cidade. Presente Porto Ilha de metal. Ausente Rodoviária. A cidade furo sangue pele. A cidade pobre rica extrema. A cidade adrenalina morfina calmaria. A cidade aidética prostituída harmonizada. A cidade rural urbana praieira. A cidade preta branca cinza. A cidade petróleo sal pesca. A cidade sim não talvez. Pode ser... areia branca, sangue negro.

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